A utopia tecnológica tem um custo. E não é só energia.
Pensamento aleatório sobre acompanhar diariamente conteúdos sobre IA.
"Você pode criar qualquer coisa."
"Aprender tudo em minutos."
"Automatizar a vida."

Parece inspirador. Mas por trás desse otimismo mora uma cobrança disfarçada de possibilidade.
A inteligência artificial não só amplia o que você pode fazer. Ela também redefine o que o mundo espera que você faça.
Se você pode tudo, por que ainda sente que está ficando para trás?
Essa é a armadilha.
Quando o discurso vira exigência!
Automatizar tarefas. Aprender mais rápido. Criar sem esforço. Otimizar tudo. A narrativa dominante transformou potência em obrigação.
Hoje, não basta saber usar IA. É preciso estar um passo à frente o tempo todo.
A tecnologia te oferece atalhos, mas cobra velocidade. Ela promete liberdade, mas impõe um novo tipo de carga: a de estar sempre evoluindo, sempre produzindo, sempre aproveitando tudo.
Esse ritmo tem efeitos
Muita gente sente culpa por não estar aprendendo o suficiente. Ansiedade por não estar aproveitando todas as ferramentas. Exaustão por tentar acompanhar um progresso que não tem fim. Eu ultimamente estava me sentindo assim, sabia?
Não é só sobre produtividade. É sobre identidade. É sobre o medo de não ser suficiente mesmo com todo o acesso, todo o poder e toda a automação ao seu redor.
A era do indivíduo multifunção
A tecnologia oferece recursos que antes eram impossíveis. Você pode contratar assistentes virtuais, traduzir textos em tempo real, criar arte digital, gerar código, fazer apresentações, escrever livros.
Mas tudo isso também cria um efeito colateral perigoso.
O profissional ideal de hoje virou um perfil impossível. Designer, programador, estrategista, comunicador, criador de conteúdo, analista de dados, poliglota. Tudo em uma só pessoa.
A linha entre o que você pode fazer e o que você deve fazer está cada vez mais confusa.
E se usar menos for usar melhor?
Não é sobre negar a tecnologia. É sobre fazer as perguntas certas antes de adotá-la sem freio.
Nem tudo precisa ser automatizado. Nem todo segundo improdutivo é um problema. Nem todo avanço precisa virar rotina.
O descanso não é um erro de sistema. É um recurso essencial. A pausa não é um atraso. É parte da saúde de qualquer ciclo.
Você não precisa render o tempo todo. Não precisa performar em todas as frentes. Não precisa provar nada para uma timeline otimizada por algoritmo.
O ponto central
É um ótimo momento para estar vivo. Mas também é um momento difícil para simplesmente existir.
Entre o futuro promissor e o presente desgastante, a pergunta que importa não é o que a IA pode fazer por você. É o que você está disposto a abrir mão para continuar sendo humano.
Você sabia que para Product Managers, IA é a habilidade mais importante para se aprender em 2025 e 2026?
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