Não dá mais para confiar só na percepção.
Quem lidera produto em escala precisa mostrar evolução com dados. Foi com essa clareza que a Fernanda Faria, Diretora de Produtos na Ambev Tech e Zé Delivery Global, criou uma estrutura de assessment para medir a maturidade dos times de produto e design e usá-la como alavanca para crescimento real.
E não é papo de pesquisa bonitinha. É diagnóstico, plano e execução.
Do tipo que mostra onde o time está, onde quer chegar, e o que precisa mudar para isso acontecer.
Trecho de 1 minuto do episódio do podcast com a Fernanda:
A lógica do assessment
Tudo começa com uma pergunta simples: se a gente consegue medir engajamento, motivação e clima com pesquisas, por que não maturidade?
O método criado por Fernanda segue a mesma lógica de um survey de clima: perguntas claras, notas de 1 a 5, tópicos específicos. Mas com foco em práticas críticas como experimentação, consumer insight e colaboração com dados.
A avaliação é feita dentro do time. Cada pessoa responde como vê a prática no seu dia a dia. O objetivo é gerar uma métrica confiável, comparar com benchmarks internos e, principalmente, usar essa nota como argumento com stakeholders: “saímos de 1 para 3 em experimentação”, por exemplo.
Esse número muda a conversa.
No fim do texto tem o material que a própria Fernanda compartilhou comigo.
A complexidade de operar em vários países
Outro desafio enfrentado por Fernanda é a operação multinacional.
A Ambev atua com product loans em mercados como México, Colômbia, Peru e Equador, cada um com culturas, dinâmicas e prioridades diferentes.
Na hora de montar um roadmap global, ela precisa equilibrar demandas locais com objetivos centrais, respeitando a diversidade sem perder eficiência.
Essa visão ajuda a aplicar o assessment de forma contextualizada: o que funciona para o México pode não ser o mesmo para o Equador, e tudo bem.
Evolução real exige mais do que contratar seniors
Um dos pontos mais fortes da conversa é a crítica ao caminho fácil:
“falta maturidade? então vamos contratar uma dúzia de seniors e um agilista”.
Funciona no PPT.
Mas na prática, é preciso diagnóstico, acompanhamento e mudança de comportamento, não só reforço no payroll.
O assessment ajuda justamente nisso.
A partir dele, Fernanda identifica onde o time precisa evoluir e direciona investimento real. Foi assim com a área de experimentação: ao perceber que a nota estava abaixo do esperado, ela contratou um ex-diretor da Booking para atuar como consultor por três meses, redesenhou os processos, trouxe ferramentas, metodologia e apoio para que os experimentos ganhassem consistência.
Mais do que pedir para o time testar, ela criou os mecanismos para isso acontecer.
O impacto aparece nos dados
O resultado? Com o tempo, o índice de qualidade dos experimentos subiu, o volume cresceu e o time passou a ter mais autonomia para rodar hipóteses.
É como ela mesma diz: “não é só dizer ‘faça experimentação’. É ensinar como, mostrar por que e dar as ferramentas certas”.
Enquanto outras empresas ainda tentam “parecer maduras” contratando nomes de peso, Fernanda está medindo, ajustando e crescendo de verdade com clareza, contexto e consistência.
Se você é líder de produto ou design, talvez a pergunta mais importante agora seja: qual é o nível de maturidade do seu time hoje e o que você está fazendo para evoluir?
Materiais exclusivos para você:
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Episódio onde a Fernanda mostra e explica todo o processo:
Você sabia que para Product Managers, IA é a habilidade mais importante para se aprender em 2025 e 2026?
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Excelente!