Como Dados e Intuição Colidem na Gestão de Produtos
Explorando a tensão entre análise de dados e tomada de decisões instintiva nas empresas.
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Em um mundo cada vez mais digital e interconectado, os dados se tornaram um componente essencial em todas as esferas de negócio. Hoje, é quase impossível tomar decisões de negócios informadas sem considerar a análise de dados. Neste artigo, exploraremos a importância dos dados na tomada de decisões a partir da perspectiva de Marcella Galeotti, Business Analytics na Nubank. Os seus conhecimentos obtidos em um episódio recente do nosso podcast oferecem uma visão útil sobre como os dados podem influenciar o processo de tomada de decisão.
Como Marcella destaca: “É óbvio que preciso influenciar as tomadas de decisão. Sou a pessoa de dados do time, eu preciso influenciar as tomadas de decisão com base em dados.”
Dados como Influenciador de Decisões
Nesse contexto, a primeira coisa que se destaca é o papel dos profissionais de dados em influenciar as decisões. Como pessoa de dados da equipe, é seu papel fornecer informações para auxiliar a equipe a tomar decisões mais informadas.
Isso é muito importante quando criamos produtos, porque as decisões que tomamos podem afetar o sucesso do produto. No entanto, Marcella também aponta um desafio inerente neste processo: “No fim do dia, o roadmap está com quem? Quem fala, quem é a palavra final de fato no roadmap é a pessoa de produto também, né?”
Isso destaca uma importante dinâmica de poder na tomada de decisões. Apesar de os profissionais de dados fornecerem informações valiosas, a palavra final é geralmente dada ao product manager. Isso pode resultar em situações em que, apesar de os dados indicarem um rumo, a decisão final pode não refletir essas informações.
Por exemplo, suponha que você é um analista de dados trabalhando em um novo recurso de produto. Os dados que você coletou indicam que a inclusão deste recurso melhorará significativamente a experiência do usuário e aumentará a retenção de usuários. No entanto, o PM pode decidir não incluir o recurso por várias razões, como limitações de tempo ou recursos.
Como lidar com discordâncias e resolução de conflitos
Então, o que acontece quando os dados apontam em uma direção e o product manager ou outros stakeholders em outra? Marcella fornece uma resposta: “Só que assim, sinceramente, já tiveram vezes que eu falava uma coisa e, o time não acatava ou acontecia alguma coisa assim. Eu falava, pelo amor de Deus, meu chefe, meu diretor, todo mundo, vamos usar os dados.”
A realidade é que, por mais convincentes que os dados possam ser, a decisão final pode não seguir a mesma direção. Isso pode ser frustrante, especialmente se você, como profissional de dados, está convencido de que os dados estão apontando para a decisão correta. Mas a chave aqui, como Marcella observa, é ter paciência e continuar insistindo na importância dos dados.
Nesses casos, é crucial encontrar maneiras de comunicar efetivamente seus pontos de vista e garantir que seus insights baseados em dados sejam considerados. Isso pode incluir aprender a argumentar efetivamente, fornecer os dados mais relevantes e antecipar as preocupações ou objeções potenciais.
Marcella explica: “É saber argumentar muito bem, é saber levar os melhores dados possíveis. E quais são esses melhores dados? É tipo, você já antecipa o que a pessoa vai falar, sabe? Tipo, ah, não, veja bem. Você já fala assim, ó, eu já até sei o que você vai falar, só que, ó, eu já puxei. Então, assim, além de puxar o dado, que você sabe que vai direcionar a conversa, já puxa outros dois, três, que são métricas secundárias, terciárias, algum outro impacto, cross-functional, scrums, assim, que acho que é importante, o quanto mais você conseguir, assim, tipo, e não só uma coisa de produto, mas puxar coisa de operação, puxar coisa de público, puxar tudo que você conseguir puxar para embassar o seu ponto de vista.”
Neste sentido, a chave é não apenas apresentar os dados relevantes, mas também estar preparado para responder a qualquer objeção que possa surgir. Isso pode incluir apresentar métricas secundárias e terciárias, considerar o impacto cross-functional, e até mesmo trazer dados de outras áreas do negócio para apoiar seu ponto de vista.
Conclusão
O papel dos dados na tomada de decisões é indiscutível. Como profissional de dados, você tem a responsabilidade de usar os dados disponíveis para influenciar as decisões da melhor maneira possível. No entanto, como destaca Marcella, também é importante lembrar que a palavra final nem sempre estará em suas mãos.
No fim das contas, se o seu principal stakeholder não está convencido, você pode se encontrar em uma situação frustrante. “Mas é óbvio, no fim do dia, se o seu stakeholder principal, não está te comprando por nada, às vezes você chora, entendeu? Às vezes você terá que chorar, assim, porque você sabe que, putz… está certo ou que os dados estão te dizendo alguma coisa e a pessoa não acatou.”
Contudo, é importante continuar acreditando no poder dos dados e continuar a insistir em sua importância na tomada de decisões. Por mais desafiador que seja, o importante é continuar aprendendo, continuar melhorando suas habilidades de argumentação e continuar acreditando na importância do seu papel como analista de dados. Porque no fim do dia, os dados podem não ter a palavra final, mas certamente conseguem influenciar a conversa.
🎧 Ouça na íntegra como equilibrar dados, intuição e experiência na tomada de decisão aqui.
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