Exclusivo: O que a Gupy revelou no HR4Results sobre IA, Produto e o Futuro do Trabalho
Fomos aos bastidores do maior evento de RH da América Latina para te contar os insights que importam.
Na semana passada, participamos do HR4Results 25, o maior evento de RH da América Latina, em São Paulo. Mas por que a maior comunidade de produto e tecnologia da região decidiu ir a um evento de RH?
Fomos para os bastidores para entender o que uma das maiores HR Techs do país tem a dizer sobre o futuro do trabalho, o impacto da IA e as escolhas por trás da estratégia de produto.
A resposta? Tem muito a dizer.
A Gupy deixou claro o seu posicionamento: a tecnologia, especialmente a IA, não é mais um suporte, mas o centro de uma transformação na forma como empresas e pessoas se conectam.
Pegue o café e confira os principais pontos que mostram como eles estão construindo essa visão.
O Manifesto da Gupy para o Futuro
Para entender a visão por trás do HR4Results, conversamos com Paulo Guidugli, Head de Vendas da Gupy. Ele foi direto ao ponto ao falar sobre a disrupção que estamos vivendo.
A grande história que a Gupy quer contar é sobre o maior ponto de inflexão dos últimos 30 anos: a inteligência artificial.
“O HR4Results deste ano é sobre contar para onde o RH vai a partir daqui. É um encontro para mostrarmos o que vem por aí, e este momento é, sem dúvida, o mais disruptivo que o mundo da tecnologia já viu. Nosso propósito é guiar essa transformação.”
Para a Gupy, o principal paradigma a ser quebrado não é sobre ferramentas, mas sobre mentalidade. A provocação é clara: o RH precisa deixar de ser uma área de back-office para assumir um protagonismo estratégico.
“O RH precisa parar de olhar pelo retrovisor e começar a antecipar o futuro, sendo mais disruptivo. A pergunta que fazemos é: o que a IA já faz hoje que poderia estar na sua operação? E mais importante: o que ela vai fazer amanhã, e como eu preparo minha organização — e minhas próprias habilidades — para esse novo mundo?”
Para quem trabalha com produto e tecnologia, a experiência do usuário é central, e a Gupy está apostando em duas frentes: conversação e acessibilidade.
“Estamos migrando a experiência do usuário para algo mais conversacional e simples, integrado aos canais que as pessoas já usam, como o WhatsApp. O software está se tornando mais back-end do que front-end. Outro ponto crucial é a acessibilidade. Plataformas que não são adaptadas para todos os grupos de diversidade e PCDs estão excluindo uma grande parte da população. Temos um foco imenso nisso.”
No fim, o recado é um chamado à ação para todos os profissionais. Reskilling e upskilling não são buzzwords, são exigências de um mercado em transformação.
“O convite é uma provocação para si mesmo. Não queremos ensinar o que será o futuro, mas te provocar a enxergar como você mesmo se reinventa. Pergunte-se: ‘O que eu faço hoje que uma IA fará melhor amanhã, e como eu me readapto?’”
Da estratégia à execução por trás da experiência
Uma coisa é ter um manifesto. Outra é traduzir esse discurso em experiência real. A Gupy transformou cada canto do seu espaço no HR4Results em uma ativação estratégica, com objetivos claros por trás de cada detalhe.
A Sala de Clientes, por exemplo, foi pensada como um espaço VIP com palestras exclusivas, incluindo um debriefing com a CEO Mari Dias e uma conversa com Cristina Palmaka, ex-CEO da SAP. Como explicou Mariana Espina, Analista de Customer Marketing, o objetivo não era oferecer um mimo, mas criar um ambiente para entregar valor ultra-segmentado, aprofundar relacionamentos e transformar clientes em evangelizadores. Foi uma aula prática de Customer Success e construção de comunidade, mostrando como se constrói pertencimento com exclusividade e conteúdo relevante.
Outro destaque foi o Future Lounge, um almoço exclusivo para C-levels de grandes contas como Atacadão, Carrefour e Ambev. Conversando com Raira, do time de ABM, ficou claro o cuidado de aplicar uma estratégia de Account-Based Marketing de forma concreta. Em vez de falar para todos, a Gupy ofereceu uma experiência de alto valor para quem realmente importa no ciclo de vendas Enterprise, fortalecendo laços comerciais e se posicionando como parceira estratégica de negócio.
Já no estande de gamificação, a comunicação de valor foi traduzida em uma experiência lúdica.
Bruno, Especialista de Vendas Enterprise, explicou como a dinâmica de tiro ao alvo, com prêmios ao acertar o “G”, incorporava os pilares do produto (facilidade, agilidade, clareza) de forma divertida e memorável. Foi um case prático de como usar gamificação para reforçar atributos de marca e benefícios do produto sem precisar de um discurso técnico.
Outro exemplo de execução bem pensada foi o Mural de Insights. Anna, da Arquitetura de Negócios, nos contou como os participantes podiam compartilhar em tempo real o que aprendiam nas palestras. Em vez de depender de formulários pós-evento, a Gupy usou uma tática física e colaborativa para coletar feedback qualitativo no calor do momento.
Um exemplo de User Research em tempo real, transformando o evento em um laboratório vivo para validação de conteúdo e coleta de insights para eventos futuros.
Por fim, a Sala Premium mostrava como construir uma experiência VIP completa em parceria com outras marcas. Rafa Brasil, do time de Implementação de Grandes Contas, nos guiou pelo espaço, patrocinado por iFood, Wellhub e Dailus. Mais do que um lounge de descanso com mimos e massagens, era uma estratégia para criar um ambiente de relaxamento sofisticado, reforçando o valor percebido do ingresso VIP e mostrando que a experiência premium vai além do produto próprio.
É um exemplo claro de como ecossistemas e parcerias fortalecem a proposta de valor, criando uma jornada memorável para o cliente.
O recado do HR4Results foi direto: o futuro não pertence às empresas que apenas vendem software de RH, mas àquelas que conseguem orquestrar uma nova forma de trabalhar, impulsionada por dados, inteligência artificial e, acima de tudo, por uma experiência humana, simples e inclusiva.
Um convite claro para quem constrói produto, tecnologia e negócios: repensar não só o que entregamos, mas como entregamos e para quem.