Na última semana, Luis von Ahn, CEO da Duolingo, enviou um memorando interno que rapidamente viralizou: a empresa agora é oficialmente AI-first.
Essa decisão não é só sobre acompanhar tendências. É sobre sobrevivência e liderança.
Em 2012, enquanto a maioria das empresas lançava “apps complementares” para web, a Duolingo apostou no mobile como plataforma principal. Essa escolha não só impulsionou o crescimento da empresa como rendeu o prêmio de iPhone App of the Year em 2013.
Agora, o ciclo se repete. Só que o shift não é mobile. É IA.
O que a Duolingo entendeu antes da maioria:
Apostar nas grandes mudanças tecnológicas gera vantagem real e sustentável.
Implementar tecnologias imperfeitas cedo gera mais valor do que esperar pela perfeição.
A hesitação em um cenário de ruptura tecnológica é o maior risco que uma empresa pode correr.
A mudança não é cosmética, é estrutural.
Segundo o memorando, a IA não será apenas uma ferramenta de produtividade. Será o novo motor que:
Permite criar e escalar conteúdo educativo numa velocidade impossível manualmente.
Aproxima o nível de ensino da IA à qualidade dos melhores tutores humanos.
Redefine processos internos, performance, contratação e até o desenho dos times.
O plano é agressivo:
Gradual substituição de contratos por automação via IA.
IA como critério de contratação e avaliação de performance.
Headcount condicionado à automação de parte das tarefas da equipe.
Iniciativas obrigatórias de transformação nas funções para abraçar IA.
A mensagem é clara: não se trata de remover talentos, mas de redesenhar o trabalho para liberar a criatividade e resolver problemas reais e não tarefas repetitivas.
Uma frase resume a estratégia da Duolingo:
Tecnologia imperfeita implementada hoje bate tecnologia perfeita implementada tarde demais.
O verdadeiro desafio para as empresas agora não é decidir se vão adotar IA.
É em quanto tempo conseguirão redesenhar suas operações inteiras em torno dela.
A Duolingo escolheu agir enquanto outros ainda discutem.
Ousados (ou não) 👏🏽
Só saberemos se irá funcionar mais tarde… ou até muito em breve.
Ótimo texto!