A maior armadilha em produtividade não é falta de esforço, mas de clareza.
Times trabalham horas extras, acumulam frameworks e cerimônias, mas não conseguem traduzir energia em impacto.
É nesse ponto que Damian Sosnowski, no Manager Stories, provoca: eficiência nasce menos do excesso de ferramentas e mais da simplicidade em torno de propósito e foco.
O primeiro ponto é brutalmente simples: times eficientes sabem exatamente o que estão construindo e o que não vão construir.
Essa escolha negativa é o que diferencia times que entregam valor dos que apenas se mantêm ocupados. Em produto, isso significa ter coragem de matar features e projetos que não contribuem para a métrica central. É o antídoto contra o famoso “treading water”, trabalhar muito sem sair do lugar.
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Outro aspecto é a previsibilidade. Eficiência não é velocidade isolada, mas a capacidade de transformar esforço em entregas consistentes. Sem clareza, o time corre atrás de urgências aleatórias; com clareza, cria ritmo sustentável.
Isso se traduz em menos burnout, menos retrabalho e mais confiança entre stakeholders. Um time que entrega o que promete ganha liberdade para dizer “não” quando necessário.
Para PMs, o recado é: sua função é gerar alinhamento radical. Não se trata de criar apresentações bonitas, mas de garantir que cada pessoa do time entenda a lógica da priorização e saiba o que está fora de escopo.
Para founders, o ponto crítico é proteger o time da ansiedade de múltiplas apostas simultâneas.
Para stakeholders, eficiência se traduz em transparência: entender por que certas ideias ficam na gaveta é tão importante quanto celebrar o que vai para produção.
O risco, claro, é confundir foco com miopia. Times eficientes não são aqueles que se fecham ao novo, mas os que conseguem separar sinal de ruído. O trade-off é permanente: rejeitar boas ideias para não se perder em más prioridades. Esse desconforto é inevitável e faz parte do preço da eficiência.
Faça o seguinte teste: se alguém de fora perguntar ao seu time “qual é a prioridade número um agora?”, a resposta será unânime ou fragmentada?
Times eficientes não precisam consultar slides, porque já internalizaram a direção. Quando isso acontece, frameworks viram acessórios, e não muletas.
Seu time está avançando em direção clara ou apenas se movimentando rápido sem sair do lugar?
A diferença entre as duas coisas define se vocês vão construir impacto real ou apenas sobreviver mais uma sprint.
Que texto incrível! 🫶 Ter clareza é o primeiro passo para dar clareza e gerar uma cultura no time orientada a impacto. Parece trivial, mas em contexto de empresas maduras e muito hierarquizadas, ter clareza costuma estar mais vinculado ao que você precisa fazer e não ao impacto que precisa gerar. E, pela minha experiência, muitas vezes a própria liderança (e liderança da liderança) não tem clareza do impacto que gostaria de gerar. O piloto automático e a famosa armadilha da entrega da Melissa Perri são as regras na maioria destes contextos. O maior desafio de produtos em grandes empresas maduras é mentalidade. Talvez algo como Product sense. Liderança parece nao querer abrir mão de controle e times não querem arriscar provocar mudanças de mentalidade.