A maior armadilha em produtividade não é falta de esforço, mas de clareza.
Times trabalham horas extras, acumulam frameworks e cerimônias, mas não conseguem traduzir energia em impacto.
É nesse ponto que Damian Sosnowski, no Manager Stories, provoca: eficiência nasce menos do excesso de ferramentas e mais da simplicidade em torno de propósito e foco.
O primeiro ponto é brutalmente simples: times eficientes sabem exatamente o que estão construindo e o que não vão construir.
Essa escolha negativa é o que diferencia times que entregam valor dos que apenas se mantêm ocupados. Em produto, isso significa ter coragem de matar features e projetos que não contribuem para a métrica central. É o antídoto contra o famoso “treading water”, trabalhar muito sem sair do lugar.
Esse aqui te prepara de verdade: Construa uma carreira à prova do futuro, liderando produtos mais inteligentes e eficientes com IA.
Acesse aqui. Cupom de 10%: PRODUCTGURUS
Outro aspecto é a previsibilidade. Eficiência não é velocidade isolada, mas a capacidade de transformar esforço em entregas consistentes. Sem clareza, o time corre atrás de urgências aleatórias; com clareza, cria ritmo sustentável.
Isso se traduz em menos burnout, menos retrabalho e mais confiança entre stakeholders. Um time que entrega o que promete ganha liberdade para dizer “não” quando necessário.
Para PMs, o recado é: sua função é gerar alinhamento radical. Não se trata de criar apresentações bonitas, mas de garantir que cada pessoa do time entenda a lógica da priorização e saiba o que está fora de escopo.
Para founders, o ponto crítico é proteger o time da ansiedade de múltiplas apostas simultâneas.
Para stakeholders, eficiência se traduz em transparência: entender por que certas ideias ficam na gaveta é tão importante quanto celebrar o que vai para produção.
O risco, claro, é confundir foco com miopia. Times eficientes não são aqueles que se fecham ao novo, mas os que conseguem separar sinal de ruído. O trade-off é permanente: rejeitar boas ideias para não se perder em más prioridades. Esse desconforto é inevitável e faz parte do preço da eficiência.
Faça o seguinte teste: se alguém de fora perguntar ao seu time “qual é a prioridade número um agora?”, a resposta será unânime ou fragmentada?
Times eficientes não precisam consultar slides, porque já internalizaram a direção. Quando isso acontece, frameworks viram acessórios, e não muletas.
Seu time está avançando em direção clara ou apenas se movimentando rápido sem sair do lugar?
A diferença entre as duas coisas define se vocês vão construir impacto real ou apenas sobreviver mais uma sprint.


Que texto incrível! 🫶 Ter clareza é o primeiro passo para dar clareza e gerar uma cultura no time orientada a impacto. Parece trivial, mas em contexto de empresas maduras e muito hierarquizadas, ter clareza costuma estar mais vinculado ao que você precisa fazer e não ao impacto que precisa gerar. E, pela minha experiência, muitas vezes a própria liderança (e liderança da liderança) não tem clareza do impacto que gostaria de gerar. O piloto automático e a famosa armadilha da entrega da Melissa Perri são as regras na maioria destes contextos. O maior desafio de produtos em grandes empresas maduras é mentalidade. Talvez algo como Product sense. Liderança parece nao querer abrir mão de controle e times não querem arriscar provocar mudanças de mentalidade.
Muito interessante ver essa perspectiva também do lado de PM. Eu venho falando disso em Conversas no Corredor de forma ampla, de que esforço sozinho não é suficiente é preciso ter clareza de onde ir e estratégia de quais caminhos não seguir.
Além disso, tenho vivido essa perspectiva na prática enquanto sou PM do meu próprio negócio. Não adianta muitas features novas se você não tem clareza e estratégia de onde quer chegar com tudo isso.
https://conversasnocorredor.substack.com/p/o-maior-inimigo-do-progresso