Proposal: O segredo da Noh no desenvolvimento de produtos
O que parece ser apenas um processo de priorização acaba sendo uma ferramenta poderosa de engajamento.
A maneira como priorizamos ideias de produto pode fazer toda diferença na motivação do time e nos resultados da empresa. Ana Zucato compartilhou no meu podcast uma abordagem interessante que combina critérios tradicionais com um toque de realidade.
Processo Simples
O primeiro acerto foi criar um processo que qualquer pessoa pode usar. Com um template chamado Proposal, qualquer funcionário pode propor ideias novas. Não precisa ser PM, não precisa ser líder - só precisa ter uma ideia bem estruturada.
O template é direto: qual o problema, qual a hipótese de solução, como pretende resolver e o que quer validar. Essa simplicidade é proposital - quanto mais fácil propor ideias, mais ideias boas aparecem.
Critérios claros e transparentes
A priorização segue critérios bem definidos. Começa com os tradicionais do framework RICE: alcance, impacto e esforço. Mas vai além, incluindo impacto direto em métricas financeiras como receita e redução de custos.
O processo quebra cada tipo de impacto em receita: é porque vai trazer mais clientes? Porque permite aumentar preço? Essa clareza ajuda a avaliar propostas de forma mais objetiva.
Sem caô
E aqui vem a parte mais interessante: além dos critérios técnicos e financeiros, eles adicionaram uma coluna extra - o time está afim de fazer? Pode parecer estranho incluir um critério tão subjetivo, mas faz todo sentido.
Como Ana menciona, esse critério acaba pesando bastante nas decisões finais. Afinal, um time motivado entrega melhor, inova mais e resolve problemas de formas mais criativas.
Transparência no backlog
O backlog é aberto e a avaliação acontece semanalmente. Em dois dias você já sabe exatamente onde sua ideia se encaixa na priorização. Pode contra-argumentar? Pode. Mas com critérios tão claros, as pessoas geralmente já sabem o peso que suas propostas terão.
Essa transparência tem dois benefícios principais: reduz frustrações quando ideias não são priorizadas (porque os motivos são claros) e ajuda as pessoas a melhorarem suas próximas propostas.
🍵vamos refletir…
O que parece ser apenas um processo de priorização acaba sendo uma ferramenta poderosa de engajamento. Times se sentem donos do produto porque podem propor mudanças. Ideias são avaliadas por mérito, não por hierarquia. E o critério de motivação garante que o que será construído tem real buy-in do time.
Como você equilibra critérios objetivos e subjetivos na hora de priorizar? Vale considerar a motivação do time como fator decisivo? Como fazer isso em empresas maiores com toda burocracia e pressão política?
🎧 ouça o episódio completo com a Ana Zucato aqui:
Quer o template do Proposal que a Noh usa? Só clicar aqui.
Quer conhecer a Noh? Acesse aqui: https://www.noh.com.br/
Achei bacana o template - mas na minha visão, é um PRD adaptado as necessidades e cultura da Noh.
É que não estamos acostumados, maioria dos produtos e pedidos vêm de maneira muito desestruturada.