O vício da complexidade
pensamento aleatório da semana
Existe uma mística no mercado de produto, tecnologia e negócios de que tudo que parece simples está errado. Como se a complexidade fosse sinônimo de inteligência. Em muitas empresas, especialmente nas grandes, essa crença vem de cima: diretorias que tratam o simples como algo ingênuo e o complicado como algo sofisticado.
O vício da complexidade dá status. Mostra esforço. Passa a sensação de que há um plano grandioso em andamento. É o mesmo mecanismo que faz um slide cheio de fluxos parecer mais estratégico do que uma ideia explicada em uma frase. O problema é que essa cultura protege cargos, justifica horas e cria uma ilusão de controle, mas trava decisões.
Projetos se arrastam porque ninguém quer ser o responsável por dizer “é só isso”. Times perdem semanas refinando apresentações para provar robustez, enquanto o usuário só queria resolver um problema em três cliques. E, no meio disso tudo, o simples vira tabu. Porque quando algo é simples, todos entendem. E quando todos entendem, o poder muda de lugar.
Simplicidade exige domínio. É o estágio mais avançado de clareza, onde você elimina o que não faz diferença e foca no que realmente move a agulha. Em produto, isso vale para tudo: discovery, métricas, roadmap, design e comunicação. Simplificar não é ser raso. É ter coragem de expor o essencial sem precisar se esconder atrás do jargão.
Empresas que crescem de verdade aprendem a valorizar quem traduz o complexo sem perder profundidade. Porque complexidade impressiona na reunião, mas simplicidade é o que sustenta o negócio no longo prazo.
Qual foi a última vez que um projeto parou não por falta de ideia, mas por excesso de explicação?
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Esse tema é bom demais, hora ou outra volto nele. O Complexo, o longo prazo, o acadêmico…é uma fuga do que podemos entregar como…sustentável.
Mas mantenhamos o equilíbrio, sempre.