O conceito de eficiência no local de trabalho tem se mostrado cada vez mais complexo no mundo atual. Em um episódio recente em nosso podcast, Júlia Sousa, Product Manager na Nubank, explorou essa questão, abordando especificamente como a estrutura organizacional pode impactar a eficiência.
De acordo com Júlia, a estrutura pode, sim, ter um efeito negativo na eficiência. “Eu acho que a estrutura pode piorar a eficiência, no sentido de se você cria muitas burocracias ou bota silos muito grandes, você pode piorar,” afirma. Isso destaca que, em alguns casos, uma estrutura organizacional pesada ou fragmentada pode ser prejudicial à eficiência.
No entanto, é importante ressaltar que a estrutura por si só não é garantia de melhoria na eficiência. Ela questiona se é a estrutura que impulsiona as melhorias, destacando que às vezes, são os novos elementos que surgem na estrutura que fazem a diferença.
“Cada vez mais vejo gente falando sobre… Vamos focar em pegar os produtos aqui mais core que a gente tem e ver o que é replicável, ver o que a gente consegue, de repente, plataformizar ou alguma coisa assim para gastar menos tempo para replicar,” exemplifica.
A questão da eficiência, segundo Júlia, tem evoluído e as empresas estão cada vez mais focadas em analisar custos e buscar eficiência. Entretanto, ela também menciona a contrapartida desse processo: demissões. "Óbvio que o custo disso é que tem muita gente sendo demitida também nesse processo, né?”.
Esse equilíbrio entre eficiência e o impacto humano é um desafio significativo no gerenciamento de produtos e na empresa como um todo. E é por isso que a eficiência e a estrutura não devem ser consideradas isoladamente. Conforme observado por ela, é delicado relacionar a eficiência com a estrutura, pois ambas se entrelaçam de maneiras complexas e às vezes inesperadas.
Assim, neste cenário em constante mudança, as pessoas de produtos devem estar cientes de que a estrutura pode influenciar a eficiência, mas não é a única variável em jogo. Também é fundamental considerar outros elementos, como a cultura organizacional, a agilidade na tomada de decisões e o impacto humano de tais decisões. Em última análise, a busca pela eficiência deve ser equilibrada com a preservação de um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
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