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O cargo que vai explodir em 2026
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O cargo que vai explodir em 2026

Nos últimos anos, o cargo de GTM Engineer deixou de ser apenas um rótulo curioso no LinkedIn para se consolidar como uma das funções mais comentadas em growth e operações. Clay, empresa que cunhou o termo em 2023, foi o estopim. Mas o que realmente sustenta esse hype é a transformação estrutural que ele representa: um profissional capaz de conectar tecnologia, dados e estratégia de mercado de forma única.

A frase da Natália Gaal resume bem: “A mágica do GTM Engineer acontece no overlap. Não importa se você vem de vendas ou de tech, o que importa é pensamento sistêmico, curiosidade e viés comercial.”

E esse ponto merece ser destrinchado.

Por que “overlap” é a chave

Empresas sempre tiveram times técnicos e times comerciais. O problema é que, na prática, esses mundos raramente conversam com fluidez. O dev constrói a ferramenta, o marketing lança a campanha, o time de vendas tenta fechar negócio, e cada área funciona como silo.

O GTM Engineer nasce exatamente no espaço entre esses silos. Ele não é apenas um executor técnico de automações. Nem só um estrategista de go-to-market. Ele opera onde as áreas se encontram.

  • Do lado técnico, entende integrações, dados, workflows.

  • Do lado de negócios, enxerga métricas, funil, trade-offs de receita.

  • No meio, cria sistemas que não só funcionam, mas geram impacto direto no crescimento.

O que diferencia de RevOps e outras funções

Muitos reduzem o GTM Engineer a um “revops rebatizado”. Mas a diferença é relevante.

  • RevOps tradicional: foco em eficiência operacional, organização de CRM, automações básicas.

  • GTM Engineer: arquitetura estratégica. Integra diferentes ferramentas, cria pipelines customizados e transforma dados dispersos em inteligência acionável.

Como disse a Natália, “não é só automação, é arquitetura estratégica de crescimento.” Essa é a virada.

A oportunidade no Brasil

Nos Estados Unidos, já existem comunidades, bootcamps, até conferências dedicadas ao tema. Aqui, ainda engatinhamos. Poucos cases, pouco conteúdo em português e muita confusão sobre o escopo do papel.

Mas isso não é desvantagem, é oportunidade.

  • Mercado imaturo significa oceano azul para quem se posicionar agora.

  • Empresas tradicionais ainda tratam tecnologia como custo, mas inevitavelmente precisarão evoluir.

  • Talento brasileiro já é disputado lá fora, com contratações em dólar para funções de entrada.

Quem entender esse movimento antes, tem chance de liderar a pauta.

O background pode variar: marketing, growth, engenharia, dados. O que importa é cultivar três atributos:

  1. Pensamento sistêmico: enxergar como processos e ferramentas se conectam.

  2. Curiosidade investigativa: não aceitar tarefas manuais como padrão, sempre buscar automação e eficiência.

  3. Viés comercial: toda solução precisa estar ligada a receita, aquisição ou retenção.

Esse tripé define o que realmente diferencia um GTM Engineer de um especialista técnico isolado.

🎧 Ouça o episódio completo com a Natália para entender mais no YouTube, Spotify ou Apple Podcast.

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